Anos 80

Uma época que lembro com carinho.

Todos tem alguma época da vida que lembra com carinho. A que eu não poderia deixar de colocar aqui são os anos 80.

Este foi um presente surpresa para mim e meus irmãos quando éramos crianças. A imaginação corria solta pois os sons eram bons apesar dos gráficos simples, mas quando se é criança tudo está valendo. O cartucho Senhores das Trevas junto do Ovni eram sem dúvida meus favoritos. O mais famoso e que dava grandes disputas era o come-come. Link Odyssey.

O TK-85 foi o primeiro computador que tive. Ele tinha linguagem Basic, se plugava na televisão, aceitava fita cassete para gravar e ler programas, a memória era de 16Kb e tinha o modo de execução normal (que era lento) e rápida (que desligava o vídeo enquanto executava o programa). Tinha alguns programas que apresentavam caracteres estranhos quando se dava o comando List. Me lembro que gostei muito de saber que aquilo era linguagem de máquina que até então era um mistério.

Este foi o meu segundo computador que aceitava cartuchos com jogos como se fosse um video-game e também aceitava fita cassete para gravar e ler programas em Basic. O computador também era ligado na televisão e tinha 16 cores. O que era interessante era que apesar de aceitar 16 cores havia algumas combinações de cores que não podiam estar ao lado da outra, pois a memória não era grande o suficiente para armazenar todas as variações de cores. Para fazer desenhos interessantes em linguagem Basic podia ser feito Sprites de uma cor só, para isto se definia uma matriz de bits que representava o desenho e dizia onde deveria ser colocado. Cada vez que se mudava a posição, o Sprite era automaticamente removido da última posição. Neste computador eu fiz o meu primeiro teste de linguagem de máquina. Finalmente tinha entendido um pequeno livro que tinha lido. Eu tinha transformado os comandos a seguir em códigos de máquina: LD HL, 0x8000 - LD A,10 - LD (HL),A - RET. Em seguida eu chamei o programa com USR(0) e fiz o comando Print peek(0x8000) e lá estava o byte 10. Wikipedia: Hotbit.

Por volta do ano de 1985 eu comecei a estudar Inglês e Informática numa escola chamada CEBEL. A sala dos computadores tinham vários CP-500. Ficávamos na expectativa de ter aula nos computadores e o professor fez questão de fazer as primeiras 5 aulas em sala normal. Isto era judiação. Finalmente tivemos uma aula na sala dos computadores e foi uma festa. Depois de um tempo eu ganhei um CP-500 branco. Este computador CP-500 foi espetacular. Tinha muitas novidades comparados com todos os outros. Ele aceitava gravador de fitas cassete mais o que impressionava era mesmo os disquetes. Ele gravava em somente uma face. Me ensinaram a fazer os furos na outra face sem danificar o disquete e assim poder inverter o disquete para usar a outra face. Eu tinha um colega de infância cujo pai tinha um CP-500 preto. Quando eu o visitava nós trocávamos programas e jogávamos jogos juntos. Era muito bacana.

Eu explorei muito os detalhes do computador. Tinha comprado uma revista com um programa desassembler escrito em linguagem de máquina. Era muito grande. Então tive que fazer um dump grande da memória em disquete e editar o programa nas trilhas do disquete. Tomando cuidado para não mexer nos bytes de controle internos. Me lembro que para conferir o programa pedia ajuda para um amigo de meu irmão ir ditando várias páginas de números hexadecimais, coitado. Também fiz vários programas em assembler. Um delete era para fazer a tela piscar. Acho que foi o programa mais complexo que fiz até então. Ele pegava byte a byte que compunha 6 pixels e procurava o inverso numa tabela. A tela piscava muito rapidamente. Quando comecei a graduação mostrei o programa para um colega. Ele me perguntou por que não usar XOR para inverter os pixeis. Fiquei espantado, pois reduzi o programa de 4 páginas para meia página e obtive o mesmo resultado. Tinha vários joginhos como Cosmic e Galaxy que eram definitivamente os meus dois jogos prediletos. Segue uma descrição em Português: CP-500.

Este foi o meu próximo computador após ter passado o CP-500 para frente. O Solution 16 já tinha mais memória, aceitava dois disquetes de camada dupla e o processador já era de 16 bits. Apesar de receber este computador no ano de 1990 eu não poderia deixar de comentar sobre ele. O monitor continuava sendo de fósforo verde. O teclado se encaixava sobre a parte frontal do gabinete. Atrás do vídeo tinha uma abertura para poder segurá-lo. Havia até uma propaganda dizendo que ele era portátil, muito engraçado, pois tinha uma foto de um executivo com terno e gravata segurando todo aquele peso como se fosse um laptop. Só não perceberam que o executivo estava com sua veia do pescoço aparecendo de tando peso... Com o tempo surgiu a oportunidade de trocar um dos leitores de disquete por um Disco Rígido de 3 megabytes, o que era um montão de espaço naquela época. Só não avisaram que a fonte não tinha tanta potência e assim o vídeo, que já era pequeno, ficou ainda menor... Eu soube que havia a possibilidade de compensar esta perda fazendo ajuste numas peças no interior do computador. Só que o parafuso para abrir o gabinete ficava numa posição ruim de abrir. Tive que pegar uma ferramenta tipo chave de fenda e pedir para tornear para deixá-la mais fina e então entortar o seu cabo para poder desaparafusar o gabinete. Após conseguir fazer tudo isto finalmente consegui compensar um pouco o tamanho do vídeo, não antes de ter levado dois choques daqueles bons...

Eu não tive um Atari, mas tinha amigos que tinham e isto o tornava mais interessante pois os jogos eram muito bons. A escola de inglês CEBEL tinha uma promoção na qual o aluno ganhava um cartucho de videogame na indicação de outro amigo para fazer curso no CEBEL. Eu indiquei um amigo e pedi um cartucho para o Odyssey. No dia da entrega me deram um do Atari, ou seja, eu tinha um cartucho mas não um videogame. Wikipedia:Atari .

Este foi um presente surpresa de natal e foi uma diversão só. Os níveis mais difíceis eram bem rápidos e parecia não terminar nunca. Link Genius..

Já encontrei algumas pessoas que também tiveram este carrinho que saia correndo quando se pisava num peça de plástico. A gente saía correndo e pisava com os dois pés para ver o máximo de velocidade que se conseguia atingir.

Este foi um quebra-cabeça muito bacana da época. Dava para gastar bastante tempo tentando resolver as últimas peças.

Este era um brinquedo muito engraçado. A gente tentando pegar um copo de água com este brinquedo e tentando tomar água...

Se juntava um certo número de tampinhas de garrafa e depois se trocava por um io-io. Era uma grande competição na escola para saber quem fazia mais manobras.

Esta também era uma promoção bacana. Se juntava tampinhas de garrafa e se trocava por garrafas em miniatura. Depois se brincava com os mine-engradados com os carrinhos em casa.

Este refrigerante Crush fazia sucesso entre as crianças na época.

Nós pedíamos para os pais comprar o suco e o motivo era somente o formato da garrafa de plástico. O suco não era lá estas coisas, mas a garrafa era muito bacana.

Sempre tinha um ou outro destes pacotinhos de Kisuco em casa.

Esta bala era um sucesso, mas quase todos que se lembram desta bala também tiveram uma ou duas que ficaram presas na garganta e tinha que esperar ela diminuir para poder engolir...

Este pacote de mini-chicletes era bem interessante. A gente comprava um pacote mas colocava tudo na boca de uma vez só...

Este chiclete Ping-Pong fez muito sucesso na época e na maioria das vezes eu comprava o de menta.

Os chocolates da época tinha praticamente todos uma embalagem bem semelhante a esta imagem do chocolate Prestígio.

Este chocolate era raro devido ao seu custo, mas para crianças era sensacional pois além de gostoso tinha um formato totalmente inusitado de forma de triângulo.

Estas fichas telefônicas eram grandes, pesadas e desciam rápido numa ligação normal.

Este tênis fazia sucesso pois tinha as travas no solado, mas conforme ia gastando e entortava o pé o que acredito não ser muito saudável... Para variar eu tive um destes e o cadarço era enorme, dava várias voltas na perna.

Este programa era sensacional, a Gata de Rato.

Este programa Alph o ET passava no domingo de manhã se não me engano e era uma diversão só.

Os episódios de Batman eram bastante divertidos e as cenas de combates eram acompanhadas de palavras de ação, "pow", "plack", etc... Muito divertido.

O desenho caverna do dragão era muito bom, apesar de nunca conseguirem sair daquele mundo e retornar para a Terra. Mesmo assim, dava para se identificar com algum personagem, aquele arco que disparava raios era o meu desejo de consumo.

Esta era um clássico da época. Todas as idades assistiam. O Chaves era muito bom, mas o Kiko era o máximo.

Esta série Chips era muito bacana pelas motos poderosas e a trilha sonora. Eu acompanhei vários episódios.

Curtindo a Vida a Doidado, que espetáculo de filme para a época. Sem dúvida eu curti muito torcendo para o Ferris se dar bem no filme.

De Volta para o Futuro foi um clássico da época, não cansava de assistir em todas as oportunidades que apareciam.

Em alguns momentos eu pensei como seria minha fida se morasse perto da praia e tivesse um amigo Flipper, seria o máximo.

Caça-Fantasmas, foi assistir no cinema, levei um sustos daqueles já no primeiro fantasma. Realmente, marcou a época para mim.

Vamos parar aqui! Este é disparado o melhor filme da época, fala sério, Goonies... Com doze ou treze anos de idade... Eu queria ser um deles sem sombra de dúvida.

Aqueles Gremlins maus eram hilários, fumavam, bebiam, faziam de tudo, muito bacana.

Quem não assistiu pelo menos um episódeo de He-Man?

Eu assistia o desenho e ficava frustrado pelo Peter Park não levar crédito pelas fotos que tirava do homem-aranha...

E que tal aquela música triste enquanto o David Benner tinha que partir sozinho andando por uma rua no final de cada episódio?

Eu não acredito até hoje... Fui fazer karatê influenciado pelo filme Karate Kid...

O desenho do Ligeirinho passava pouco, mas era uma diversão.

Quando você achava que era impossível escapar... lé estava ele, McGyver, para mostrar como...

Domingo a noite, quem não assistia Os Trapalhões?

Diga lá... A trilha sonora do desenho A Pantera fazia toda a diferença...

Até hoje o desenho do Pica-Pau é um sucesso.

Alguém se lembra do Minotauro? E da Cuca? Ou então do taquaral onde o Sací morava? Adorava o Sítio do Pica-Pau Amarelo.

Os Smurfs eram divertidos, cada um tinha uma característica específica.

Super Vicky, tenho que confessar, adorava esta série.

Thunder Cats, era uma novidade na época. Tinha muita inovação e a frase mais conhecida: thunder, Thunder, THUNDER CATS, hooooooo.....

Domingo de manhã, era tutu-tubarão...

Ultraseven, eu queria ter um óculos de transformação como o do episódio...

Viva a Noite, este era o programa de auditório que começou a inovar e eu acompanhava a noite.

Tinham outros programas que marcaram época para mim como: Blade Runner, Um Tira da Pesada, ET, Lady in Red, Rocky I, II, III, IV e o V, Trom, Star Wars o Imprério Contra-Ataca, Rambo, Agente 86, Galactica, Star Trek a série original, entre muitos outros.